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20 de set. de 2012

Do livro: FÁBULAS DA TIA ABOBRINHA


                                                           O lápis vermelho

O pequeno lápis dizia quando lhe perguntavam qual era a sua cor:
- Sou vermelho!
Lapito estava seguro de sua cor.
Ocorre que um dia apareceu outro lápis que também se dizia vermelho.
Lapito observou que aquele lápis que se dizia vermelho parecia realmente vermelho. Então,  ficou inseguro quanto a sua cor. Não sabia se era mesmo vermelho. Notou que perto daquele lápis ele pendia mais para o laranja.  O pequeno lápis perdeu assim sua identidade.
- Eu te odeio! Disse Lapito para o recém-chegado.
- Ora por quê? Acaso lhe fiz algum mal?
- Antes de você chegar eu era vermelho. Agora não sei mais que cor eu sou. Você tirou meu brilho. Ninguém me procura mais para fazer um coração, uma maçã, uma boca. Só quando vão pintar uma laranja.
- Não diga que sou responsável por sua baixa estima. Por você pensar uma coisa quando é outra. Não tenho culpa se você precisa estar só para poder brilhar. Ora, se você quer se parecer mais com vermelho se aproxime então do lápis laranja.
Lapito achando boa a ideia ficou bem do lado do lápis laranja. Porém, agora quando uma criança ia pintar uma laranja ele não era mais escolhido, pois não era nem laranja nem vermelho.
Lapito se entregou ao desânimo. Ficou quieto e escondido dentro do estojo.
Mas, um dia na sala de aula, a professora de desenho ensinava as crianças sobre as cores.
- Queridos alunos agora vamos aprender sobre as cores primarias que são três. Elas são muito importantes porque a partir delas podemos obter todas as outras. A primeira é a magenta.  Vamos ver onde está esta cor. Ah! Aqui está.
 Ela então pegou o Lapito dentro do estojo.
Lapito então percebeu que era sim vermelho. “O primeiro”. E acabou assim com sua crise de existência.
- Ora, mesmo que eu não fosse vermelho, ou magenta como diz a professora. Sou importante dentro do estojo. Disse Lapito agora mais confiante.

NB: Será que nos sentimos inferiorizados perto de outra pessoa?
Será que, ao contrario, nos sentimos orgulhosos e superiores a outra pessoa?
Cada um tem seu valor e espaço.

Educando a criança podemos visualizar um mundo melhor.
Autora: Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
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irideeidrossini@hotmail.com
Conjunto de 155 fábulas educativas, inéditas, divertidas com fundo moral
Dirigido a docentes e educadores. Livro não ilustrativo